20 de novembro de 2023 / 18 min

Aporofobia é crime? Descubra os avanços legislativos no Brasil

Nos últimos anos, a aporofobia emergiu como uma preocupação crítica na sociedade brasileira. Trata-se do ódio direcionado às pessoas pobres, muitas vezes resultando em discriminação, agressões e violações de direitos fundamentais. Mas afinal, aporofobia é crime? É fundamental entender como o sistema legal do Brasil está respondendo a essa forma de discriminação. Este artigo explora os […]
Tais Oliveira
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Aporofobia como crime

Nos últimos anos, a aporofobia emergiu como uma preocupação crítica na sociedade brasileira. Trata-se do ódio direcionado às pessoas pobres, muitas vezes resultando em discriminação, agressões e violações de direitos fundamentais. Mas afinal, aporofobia é crime?

É fundamental entender como o sistema legal do Brasil está respondendo a essa forma de discriminação. Este artigo explora os avanços legislativos no país, examinando as mudanças recentes que buscam combater a aporofobia e garantir uma justiça mais igualitária e inclusiva para todos os cidadãos. 

Vamos explorar as leis, propostas e iniciativas que estão moldando o futuro do enfrentamento da aporofobia no Brasil.

Aporofobia ou Pobrefobia: Historia e origem

Aporofobia, também conhecida como pobrefobia, é um termo que ganhou destaque nas discussões sociais nas últimas décadas. Mas qual é a história por trás desse conceito e de onde ele se originou?

O termo foi cunhado na década de 1990 pela filósofa espanhola Adela Cortina. Ele combina as palavras gregas “á-poros,” que significam “sem recursos” ou “pobre,” e “fobia,” que denota medo ou aversão. A aporofobia refere-se à aversão ou hostilidade direcionada às pessoas devido à sua condição de pobreza.

Legislação contra Aporofobia

Nos últimos anos, houve avanços legislativos no Brasil para combater essa forma de preconceito e promover uma sociedade mais igualitária.

Projeto de Lei 3.271/20: Combatendo a Aporofobia Penal

Um dos marcos significativos na luta contra a aporofobia é o Projeto de Lei 3.271/20, proposto pelo deputado Fábio Trad (PSD-MS). 

Este projeto de lei busca tornar crimes os atos violentos motivados pelo ódio à condição de pobreza. Ele propõe a inclusão da aporofobia como agravante em crimes no Código Penal, estabelecendo penas mais severas para homicídios, lesões corporais e injúrias cometidas com base nesse preconceito. 

Essa iniciativa visa promover a igualdade perante a lei e responsabilizar aqueles que cometem atos de violência por aporofobia.

Projeto de Lei 10.269/18: Inclusão na Lei de Racismo

Outra proposta importante é o Projeto de Lei 10.269/18, apresentado pela deputada Maria do Rosário (PT-RS). 

Este projeto visa alterar a Lei de Racismo para incluir a discriminação ou preconceito contra pessoas em situação de rua ou de vulnerabilidade socioeconômica como crime inafiançável e imprescritível. Ao equiparar a aporofobia a outras formas de discriminação, essa legislação busca garantir uma maior proteção legal às pessoas pobres e vulneráveis.

Mudanças legais para proteger pessoas pobres

Além dos projetos de lei em tramitação, é importante destacar que as mudanças legais estão em curso para proteger as pessoas pobres de discriminação e tratamento desigual. 

A conscientização sobre a aporofobia está levando a uma revisão crítica das leis existentes, como a Lei de Drogas e a Lei de Crimes contra a Ordem Tributária, que muitas vezes resultam em penalizações mais severas para os indivíduos pobres em comparação com os ricos.

O papel do sistema judiciário na luta contra a aporofobia

A luta contra a aporofobia ou pobrefobia, é um desafio complexo que envolve não apenas a conscientização social, mas também a ação do sistema judiciário para combater esse tipo de discriminação. 

Vamos explorar o papel crucial que o sistema judiciário desempenha nessa luta.

Aporofobia e o sistema judiciário

A pobrefobia é uma discriminação que pode se manifestar em diversos contextos, inclusive no sistema judiciário. Uma das principais maneiras pelas quais o sistema judiciário pode combater a aporofobia é tratando todos os indivíduos com igualdade perante a lei, independentemente de sua condição socioeconômica.

Decisões judiciais sobre aporofobia

As decisões judiciais desempenham um papel fundamental na determinação de como a pobrefobia é tratada legalmente. Quando casos de aporofobia são levados aos tribunais, as decisões judiciais podem estabelecer precedentes importantes e influenciar o modo como casos semelhantes são tratados no futuro.

É essencial que as decisões judiciais reconheçam a aporofobia como uma forma de discriminação e apliquem a lei de maneira justa e igualitária. Isso envolve garantir que as vítimas de aporofobia tenham acesso à justiça e recebam o devido apoio legal.

Impacto da Aporofobia no Sistema de Justiça Penal

A aporofobia, ou pobrefobia, tem deixado uma marca profundamente preocupante no sistema de justiça penal em diversos países, revelando uma triste realidade de diferenciação na maneira como crimes são tratados com base na condição financeira dos envolvidos. 

Essa discriminação se traduz em diversas formas, desde o tratamento legal desigual até o alarmante encarceramento em massa da população pobre, especialmente aqueles em situação de vulnerabilidade. 

Diferenciação de crimes entre ricos e pobres

Um dos aspectos mais visíveis do impacto da aporofobia no sistema de justiça penal é a diferenciação gritante entre os crimes cometidos por pessoas ricas e por pessoas pobres.

Crimes como sonegação fiscal, corrupção e outros considerados “colarinho branco” frequentemente recebem tratamento mais leniente, resultando em impunidade. Por outro lado, crimes cometidos por pessoas pobres, como furtos, roubos e tráfico de drogas, são tratados com extrema severidade, levando a sentenças rigorosas e prisões em massa.

Outra faceta do impacto da pobrefobia é a formulação e aplicação de leis penais de maneira a favorecer as pessoas ricas e prejudicar as pessoas pobres. 

Um exemplo notório disso é a Lei de Crimes contra a Ordem Tributária, que permite que o agente extinga sua punibilidade simplesmente pagando o tributo devido antes do recebimento da denúncia. 

Essa brecha beneficia as pessoas ricas, que podem quitar suas dívidas fiscais e evitar a prisão, enquanto as pessoas pobres, incapazes de arcar com despesas básicas, muitas vezes são presas por cometerem pequenos furtos de itens essenciais.

Encarceramento em massa de pessoas pobres

Talvez o aspecto mais alarmante do impacto da aporofobia no sistema de justiça penal seja o encarceramento em massa de pessoas pobres. 

A aplicação rigorosa da lei sobre indivíduos de baixa renda resulta em superlotação carcerária e perpetuação do ciclo de criminalidade. A maioria dos encarcerados é composta por pessoas negras e periféricas, destacando ainda mais o caráter desigual desse sistema.

Aporofobia é crime

A aversão aos indivíduos carentes de recursos não apenas afeta a vida cotidiana, mas também se manifesta em crimes de ódio perturbadores. É fundamental compreender os diferentes aspectos desse fenômeno para combatê-lo eficazmente e garantir a proteção daqueles que são alvo desse ódio injusto.

Tipos de crimes relacionados à Aporofobia

Os crimes relacionados à aporofobia abrangem uma ampla gama de ofensas, desde agressões físicas até discriminação verbal e insultos. Alguns dos tipos de crimes mais comuns incluem:

  • Homicídio: O ódio motivado pela condição de pobreza da vítima pode levar a casos de homicídio qualificado, com penas severas para os agressores.
  • Lesão corporal: Muitas vezes, indivíduos pobres são alvo de agressões físicas, resultando em lesões graves.
  • Injúria: Insultos e palavras de ódio direcionadas a pessoas pobres podem ser considerados crimes de injúria.

Agravantes em crimes motivados por Pobrefobia

Os agravantes são circunstâncias que aumentam as penalidades para os agressores em crimes motivados por aporofobia. 

Um projeto de lei em tramitação visa tornar o ódio à pobreza um agravante em casos criminais. Isso incluiria penas mais severas para homicídios, lesões corporais e injúrias motivadas por aporofobia. 

Essa medida visa a garantir que os agressores enfrentem consequências mais graves por seus atos odiosos.

Casos notórios de crimes de ódio contra pessoas pobres

Alguns casos notórios de crimes de ódio contra pessoas pobres chamam a atenção para a gravidade da aporofobia. Esses incidentes trágicos incluem o pagamento a um morador de rua para tatuar seu nome na testa, agressões físicas a pessoas em situação de rua e insultos humilhantes direcionados aos pobres.

  1. Espancamento de Galdino Jesus dos Santos:
    Queimado vivo por cinco jovens em Brasília, o crime foi motivado por preconceito e discriminação contra o povo indígena, que é frequentemente alvo de violência e violação de direitos no Brasil. Os criminosos foram condenados a penas que variaram de 14 a 18 anos de prisão, mas alguns deles conseguiram reduzir suas penas ou obter benefícios como o regime semiaberto.
  2. Massacre da Candelária:
    O massacre da Candelária, ocorrido no Rio de Janeiro, é um dos casos mais chocantes de violência contra jovens em situação de rua e um dos mais emblemáticos da violência policial contra a população pobre e marginalizada no Brasil, que vive sob o risco constante de ser vítima de execuções extrajudiciais. Os policiais envolvidos no massacre foram condenados a penas que variaram de 204 a 300 anos de prisão, mas alguns deles conseguiram fugir ou obter liberdade condicional.
  1. Grupo de ingleses que pagou 100 euros um mendigo para que tatuasse seu nome na testa:
    O crime foi considerado uma humilhação e uma violação da dignidade humana do mendigo, que aceitou o dinheiro por estar em situação de extrema pobreza. Os ingleses foram identificados pela polícia espanhola e podem responder por um delito contra a integridade moral.
  2. Agressão e morte por diversão:
    Em 2022, um grupo de jovens agrediu e matou um morador de rua na cidade de São Paulo, após ele pedir esmola em um semáforo. Os agressores foram presos em flagrante e confessaram que não gostavam de mendigos e que queriam se divertir.
  3. Assassinato de moradores de rua no Centro de São Paulo:
    Vários ataques a tiros foram registrados no centro de São Paulo, vitimando moradores de rua. Esses ataques revelaram a violência e a hostilidade enfrentadas por aqueles que vivem nas ruas da cidade.
  1. Casos de espancamento e agressões nas ruas:
    Embora não sejam eventos específicos, a violência contínua, agressões físicas e humilhações sofridas por pessoas em situação de rua em todo o Brasil são tristes exemplos de crimes de ódio persistentes contra os pobres. Esses casos muitas vezes passam despercebidos, mas são uma triste realidade para muitos.

Reformas Legais para combater a Pobrefobia

Além das propostas específicas relacionadas à aporofobia, também é necessário considerar o impacto das reformas legais mais abrangentes. 

O pacote anticrime, por exemplo, trouxe mudanças significativas nas leis criminais do país. Embora seu foco principal seja o combate ao crime organizado, à criminalidade violenta e à corrupção, as reformas podem indiretamente contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária.

Equilibrando os Interesses

No entanto, é fundamental reconhecer que o impacto das reformas legais na sociedade é uma questão complexa. As mudanças devem ser cuidadosamente planejadas e implementadas para garantir que não haja retrocessos nos direitos e garantias das pessoas pobres e vulneráveis. 

A sociedade brasileira está em busca de um equilíbrio que promova a justiça, combata a aporofobia e garanta um futuro mais inclusivo para todos.

A busca por justiça é um direito fundamental de todos os cidadãos. No entanto, as pessoas em situação de pobreza frequentemente enfrentam desafios significativos ao tentar acessar a assistência jurídica de que precisam. 

Vamos explorar as dificuldades que essas pessoas enfrentam, o papel crucial da Defensoria Pública e os desafios na garantia de direitos legais iguais para todos.

Dificuldades no acesso à assistência jurídica

  1. Infraestrutura precária: Para muitas pessoas em situação de pobreza, a infraestrutura jurídica é precária, com poucos escritórios de advocacia disponíveis em áreas carentes. Isso torna difícil o acesso à assistência jurídica, especialmente em regiões remotas.
  1. Distância geográfica: A distância geográfica muitas vezes se torna um obstáculo insuperável para buscar ajuda legal. Viajar longas distâncias para consultar um advogado pode ser impraticável para aqueles com recursos limitados.
  1. Escassez de profissionais do direito: Muitas comunidades carentes carecem de profissionais do direito, resultando em uma falta de acesso à orientação jurídica especializada.
  1. Custos processuais: Os custos associados a processos legais, como taxas judiciais e honorários advocatícios, são proibitivos para aqueles que vivem na pobreza.
  1. Morosidade do Sistema Judicial: A lentidão no sistema judicial é um problema generalizado, prolongando a agonia daqueles que buscam justiça.
  1. Falta de informação e educação: A falta de conhecimento sobre direitos legais e o processo judicial dificulta que as pessoas em situação de pobreza entendam e protejam seus próprios interesses.

O papel da Defensoria Pública

A Defensoria Pública é uma instituição essencial que desempenha um papel vital na superação desses obstáculos. Seu objetivo é prestar assistência jurídica integral e gratuita a pessoas que não têm meios para pagar por serviços legais. 

A atuação da Defensoria Pública abrange diversas áreas do direito, proporcionando orientação e representação legal em processos judiciais e extrajudiciais.

Além disso, a Defensoria Pública desempenha um papel crucial na educação em direitos e na defesa de interesses coletivos. Isso inclui a prevenção e a resolução de conflitos que afetam grupos vulneráveis e interesses difusos da sociedade.

Desafios na garantia de direitos iguais para todos

Apesar dos esforços da Defensoria Pública e de outras instituições, a garantia de igualdade de direitos legais para todos continua sendo um desafio. Isso inclui:

  • Combater discriminação e intolerância: A discriminação e a intolerância direcionadas às pessoas em situação de pobreza ou a grupos minoritários representam desafios significativos.
  • Acesso universal à justiça: Garantir o acesso à justiça para todos, independentemente de sua condição social, é essencial para uma sociedade justa.
  • Fortalecimento das instituições democráticas: O fortalecimento das instituições democráticas e do Estado de Direito é fundamental para garantir o respeito pelos direitos humanos.
  • Desenvolvimento sustentável e proteção ambiental: A busca pelo desenvolvimento sustentável e pela proteção do meio ambiente é parte integrante da promoção de direitos iguais.
  • Implementação dos objetivos de desenvolvimento sustentável: A implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU é essencial para criar uma sociedade mais justa e inclusiva.

Racismo estrutural e Aporofobia

Aporofobia e racismo estrutural
(por: Victor Moriyama – Getty Images)

A relação entre aporofobia e racismo estrutural é uma realidade complexa que merece nossa atenção. 

Aporofobia é o ódio e aversão às pessoas pobres ou vulneráveis, enquanto o racismo estrutural aborda a discriminação arraigada na sociedade, principalmente contra pessoas negras. Como essas duas formas de exclusão social se entrelaçam e se retroalimentam?

Efeitos devastadores do racismo na aplicação da Lei

O racismo estrutural tem efeitos profundos na aplicação da lei. Ele se manifesta por meio da:

  • Seletividade penal;
  • Desigualdade processual;
  • Violência policial;
  • Tortura;
  • Execução extrajudicial
  • E criminalização de movimentos sociais. 

A população negra, em particular, sofre com ações discriminatórias que minam seus direitos fundamentais e sua participação democrática. O resultado disso é a impunidade frequente nos crimes contra pessoas negras ou pobres, que frequentemente não têm acesso à justiça ou defesa adequada.

Desigualdades alarmantes nas estatísticas de prisões

As estatísticas de prisões revelam desigualdades chocantes. Embora a população negra represente 53% do total no Brasil, ela corresponde a 66,7% dos presos. Em contraste, a população branca, que constitui 46% do total, representa apenas 33,3% dos presos. 

Essa disparidade alarmante é um indicador das profundas desigualdades raciais na aplicação da lei. Além disso, 75% dos encarcerados possuem até o ensino fundamental completo, refletindo uma associação entre baixa renda e prisões.

Alternativas ao encarceramento

No cenário da justiça penal, as penas alternativas estão emergindo como uma solução inovadora e mais humana. 

Vamos explorar os argumentos a favor das penas alternativas, discutir a necessidade de redefinir a justiça penal para considerar as diferenças sociais e apresentar exemplos de programas de reabilitação bem-sucedidos.

Penas alternativas: Um caminho para a justiça

As penas alternativas representam uma abordagem progressista para a justiça penal. Ao substituir o encarceramento tradicional, elas buscam promover a reabilitação, respeitar os direitos humanos e reduzir a reincidência. 

Aqui estão alguns argumentos sólidos em favor das penas alternativas:

  1. Respeito à dignidade humana: As penas alternativas respeitam a dignidade da pessoa humana, evitando que infratores sejam submetidos a condições desumanas nas prisões, preservando sua integridade física e moral.
  1. Princípio da proporcionalidade: Essas penas obedecem ao princípio da proporcionalidade, assegurando que a punição seja adequada à gravidade do delito, evitando penas excessivas para crimes de menor potencial ofensivo.
  1. Prevenção eficaz: Estudos demonstram que penas alternativas são mais eficazes na prevenção do crime, permitindo que infratores mantenham seus laços familiares e sociais, reduzindo as chances de reincidência.
  1. Economia de recursos: Além de promover justiça, penas alternativas representam uma economia significativa de recursos públicos, diminuindo custos com construção e manutenção de prisões.
  1. Humanização do sistema penal: Priorizando a ressocialização em detrimento da exclusão social, as penas alternativas estimulam responsabilidade, arrependimento e reparação pelo dano causado.
  1. Valorização da vítima: As penas alternativas consideram os interesses e necessidades da vítima, permitindo compensação material ou moral pelo prejuízo, envolvendo-a ativamente no processo de justiça.

Redefinindo a justiça penal para considerar as diferenças sociais

Para alcançar uma justiça penal verdadeiramente justa e inclusiva, é imperativo reconhecer que o sistema penal não é neutro. Ele é influenciado por fatores históricos, culturais, econômicos e políticos que geram desigualdades e discriminações.

Para isso, a seguir estão algumas maneiras de redefinir a justiça penal considerando as diferenças sociais:

  1. Combate à seletividade penal: Evitar a criminalização desproporcional de grupos vulneráveis ou minoritários, garantindo que todos sejam tratados com equidade perante a lei.
  1. Adoção da justiça restaurativa: Promover uma abordagem centrada na reparação do dano e na restauração das relações entre infratores, vítimas e comunidade, em vez de apenas punição.
  1. Ampliação da educação em direitos: Fomentar a conscientização e a mobilização sobre direitos e deveres, contribuindo para a prevenção da violência e do crime.

Exemplos de programas de reabilitação bem-sucedidos

A seguir, apresentamos exemplos de programas de reabilitação que têm alcançado sucesso em suas respectivas áreas:

  1. Programa de Saúde da Família (PSF): Uma estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil que visa reorganizar a atenção básica à saúde, oferecendo reabilitação domiciliar ou comunitária para pessoas com deficiência ou necessidades especiais de saúde.
  1. Centro Especializado em Reabilitação (CER): Referência na rede de atenção à saúde da pessoa com deficiência, o CER realiza diagnóstico, tratamento e adaptação de tecnologia assistiva.
  1. Oficina Ortopédica Fixa (OOF): Promove acesso a órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção, incluindo sua dispensação, confecção e adaptação.

Junte-se à luta contra a Aporofobia

A luta contra a aporofobia não é apenas responsabilidade das autoridades e legisladores, mas de todos nós. Conscientizar-se sobre o problema, educar-se sobre os direitos humanos e combater o preconceito são passos fundamentais.

Apoie iniciativas que promovam a igualdade e a inclusão social. Esteja atento às situações de aporofobia em sua comunidade e denuncie quando testemunhar atos discriminatórios. Participe de debates e ações que visam combater a discriminação com base na condição social.

Juntos, podemos avançar ainda mais no processo de combate à aporofobia e construir uma sociedade onde todos sejam tratados com dignidade e respeito, independentemente de sua condição social. Vamos unir nossos esforços para erradicar esse crime e promover um mundo mais justo e inclusivo para todos.

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